O Brasil já tem a
corrupção, ou melhor, os políticos corrompidos, em sua história
desde muito cedo. A cultura do jeitinho brasileiro já se iniciou no
Brasil colonial quando funcionários públicos que tinham como dever
fiscalizar o contrabando e outras infrações aplicadas contra as
vontades do rei, contrabandeavam tabaco, especiarias, ouro,
pau-brasil e diamantes. Desde então houve uma série de políticos
e representantes governamentais que praticavam a corrupção seguida
de impunidade. Durante o reinado de D. João VI, uma quadrinha que
muito tinha a ver com o grau de corrupção na época se tornou
popular e ela dizia o seguinte: “Quem furta pouco é ladrão,/ quem
furta muito é barão,/ quem mais furta e mais esconde/ passa de
barão a visconde”. E foi assim que, ao meu ver, o Brasil foi
fixando o seu famoso, porém infame slogan: “o jeitinho
brasileiro”.
Hoje, enquanto lia o
jornal da região onde moro, comecei a refletir sobre as
circunstâncias de eleições nas quais o nosso país esteve
inserido. Cheguei à conclusão de que com o passar do tempo as
pessoas vêm confundindo a palavra política com a palavra corrupção.
É um assunto um tanto quanto óbvio no nosso país, mas ainda assim
quis escrever. Estamos em época de campanha eleitoral e acredito que
apesar do histórico que o nosso país tem, não devemos olhar para
todos os políticos como sendo sempre corruptos.
Não irei me alongar
neste assunto porque os noticiários, jornais e a mídia em geral
passam boa parte de sua programação informativa dizendo e mostrando
o quanto o nosso país é corrupto e que boa parte dos cidadãos
adere ao jeitinho brasileiro. Mas quero aqui deixar uma breve
reflexão sobre aquilo que todo o brasileiro fala. Os problemas com
corrupção no nosso país, ao contrário do que a maioria diz, não
é uma questão de cultura. Não é uma questão de valores. É
simplesmente a falta de fiscalização, de prestação de contas, de
controle e, principalmente, de execução da lei. Exitem leis em
demasia. Existem leis que se contradizem. Existem deputados que
aprovam o aumento do próprio salário em 61,8% . Eu também aprovo o
aumento do meu salário. Aprovo o aumento do salário do professor,
do policial, do bombeiro. Aprovo o aumento de investimentos em
educação e não na infraestrutura de um evento fútil. Enfim, caros
leitores, quero fazer um apelo clichê a todos vocês: usem o voto a
favor de vocês. Usem o voto naqueles que estão lutando pelo bem
comum e não pelos próprios bens.
Começo dizendo, curto mas bom post.
ResponderExcluirEspero o dia em que o voto não será mais obrigatório, quando apenas quem realmente quer mudar o mundo for votar. Espero o dia em que seja votado mais de 50% nulo, onde todos candidatos que estavam se elegendo forem proibidos de participar, onde pessoas justas de fato apareçam, e não indivíduos que querem apenas aproveitar dos trabalhadores e donos de casas.
O que vemos atualmente é apenas pessoas se aproveitando dos nossos direitos de liberdade de expressão, tomando conta das rádios com propagandas falsas e inúmeros canais da TV com propostas falsas.
Como estudante de Engenharia Civil, acabo vendo mais construções de outros países, comparando com as que temos no Brasil, apenas nas construções é possível ver diversos desvios de dinheiro, principalmente os feitos diretamente pela prefeitura. Agora em um período de eleições por exemplo, encontramos diversos reparos nas estradas de nossa cidade, ou até mesmo o alargamento da rua Pasqualini abaixo da ponte.
Termino dizendo uma frase que resume muito bem tudo isso, "Humano, único ser vivo com inteligência considerável que faz mal à sua própria espécie.".
Parabéns pelo blog, continue firme e forte que estarei aqui te apoiando =]